sábado, 3 de outubro de 2009

CÓLERA DOS POETAS

Pasmem! Elevou o tom o homem que declamava:

- Costumam acusar-nos de quimeras. Que vivemos num mundo irreal
alimentados por versos elaborados por uma subjaz filosofia.

- Afirmam que as relações humanas, essa monogâmica expulsa do paraíso foi vítima da conspiração do destino. E que nunca iremos compreender, nunca... Que o gênero foi criado pela sagrada necessidade de suprir seus instintos. E a mulher até hoje corre para alcançar o seu ritmo de igualdade...

- Tudo que é vivo morre, menos a celetial alma humana. A arrogância e vil superioridade na antiguidade colocou o homo sapiens no centro do universo por falta de esclarecimento e pela mesma falta devemos continuar sem titubear diante da imensidão do universo.

- Qualquer ser vivente por ser irracional é guiado pelo instinto, pela dialética natureza. Qualquer homem que por sua racionalidade - tende a ignorar e não distinguir - , rejeita a dialética natureza e contradiz o que pensa.

Soslaios; as pessoas que transitam nas ruas do centro incorporam esse hábito, por mais curiosidade sinta, que um homem fale ao esmo ou que alguém por motivo desconhecido sofra um mal estar, mas se porventura este mesmo indivíduo venha a falecer... Todos o cobiçam... Como fossem abutres na carniça.

- Terra em transe! Vivemos um momento único: Dê-me a mão...
Não me deixe morrer...