terça-feira, 17 de janeiro de 2012

GOVERNO PARALELO


Transeuntes

Meio-fio separa uma velha pedinte de correligionários
Da situação
Edificando conglomerados produtivos
Especulam
Na Bolsa dos quilos de cocaína
O morro.

Policiando
A justiça da cobra-cega
O tráfego
De influências...

Políticos
Avaliando o custo-benefício
Piramidal.

A bengala coligada
Guia
A velha democracia
O peso da carcaça
Sucumbe a sapiência dos povos
Calcanhar-de-aquiles.

domingo, 8 de janeiro de 2012

ABSOLESCÊNCIA PLANEJADA
Antigamente juntava uma galera e eu pensava que todos estavam procurando sair do mesmo mundinho...
Depois cada qual cresceu neste segredo de viver naquilo que abominamos, mas as mudanças parecem que acabaram por livre espontânea vontade...
E o mundo continuou girando e eu como pedra vivi entre rochedos...
As esperanças de um mundo novo ficaram da mesma maneira que a decepções de outros que um dia repensei...
Hoje percebi a inusitada descoberta...
Os jovens tornaram-se velhos, com egoísmo velho, com bebedeiras renovadas, a mesquinhez a explorar um gole ou um trago para acumular cada vez mais sua miséria...
Eu me sinto assim... Minha covardia deu-me desespero de falar à verdade que a farsa que sempre escondi em quem sou e nunca revelei...
Sou inocente tal qual culpado de não dizer antes o que sou mediocremente hoje...
É hora amigo!
De deixar de procurar intensidade, luzes de um cometa que já passou... Em seguida vem outro...
Beber cicuta em cálices para rir, para poder chorar...
Anestesiar a realidade que não queremos entender...
Estilhaços de uma moral que condena a procura da sanidade de quem não há tem!
Observe novamente a tua imagem em teu espelho
Toque e perceba que é fria como a absolescência planejada dos vendedores de sonhos do mundo atual, não tem essência só aparência...