quarta-feira, 15 de junho de 2011

PROCISSÃO


De hoje em diante...

Não trairei mais as leis e ordens cidadãs

Não encherei a cara de cachaça

Embriagando os ambientes de dizeres obscenos.


Ficarei sereno

Com a sensatez dos tolos

Porque você merece estar tranqüilo aceitando o destino traçado por deus.


Estarás incólume como uma barata num cubículo escuro

A espera do próximo cortejo que o levara direto para o céu...

Sete palmos abaixo da terra.

sábado, 4 de junho de 2011

TRÊS TEMPOS


Na natureza tudo é vida, movimento, tudo provera!


Quando algum ser emerge, o universo conspirou ara sua criação...


E a aparente mãe jamais saberia que peculiaridade teria teu rebento.



Pronto! Pensei na vida e como qualquer dito especialista encontrei a resposta vazia que explicaria o mundo e seu tempo.


Fábulas, geradas pelo encéfalo que procura deus sem querer aceitar a morte.




Vida, passado de um futuro que definha...


Morte, futuro do presente que nasce constantemente.


Natureza, a suma excelência – amálgama:



*Que pode ser gente, como um lavrador que ara a terra depois da queimada, semeando sua vontade adversa à chuva e o sol. Colhendo fartura ou miséria para recomeçar na próxima temporada a mesma jornada;


*Que pode ser pássaro, que nasce, vive e morre para avoar em meio a ventos que levitam insetos gosmentos alimentados por outros seres sedentos;


*Que podem ser vermes que habitam os submundos de fungos ou das fossas carnais de bichos da terra e do mar;


*Que pode ser tudo menos isso que descrevo como prosa de um simplório entendimento sobre os seres e as coisas.




Eu, uma mônada a procura dos elementos que nos compõem...


Vasculhando nas entrelinhas da razão e do sentimento poético a natureza humana composta por um tempo que perdesse em si mesmo.


Quero viver pensando desta maneira mesmo que obtenha apenas coisas soltas e sem nenhuma possibilidade de solidez, pois tudo que é sólido esvai-se também.


Quero lutar para não morrer sem o cansaço que nossas esperanças e paixões fazem a vida jorrar.


Quero ser a cura de minha própria doença, mas se não for que seja a doença que leva a morte à outra maneira de estar vivo na compreensão dos outros que tentam ler esses versos e a vida.













ESTAÇÕES



Esta chuva caindo. Caindo

Trás lembranças daqueles dias...

Que o sol brilhava

E o calor deixava-nos aquecido.



Sei que os tempos mudam

Com ele, conseqüentemente nós.

Mas a natureza tem seus estágios

Nem por isso se desfaz.



Tempestades talvez apontem,

Animais famintos de amor e paz.



Mas eu quero o amanhã,

De portas abertas

Que as vidas sejam vivas

E a natureza nos conduza

A dimensões suaves e doces.