quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Lá na casa do sonho, na casa do riso
A vida ficcional determina quem é quem.

Lá na casa do sonho, na casa do riso
Ninguém é deveras feliz, tão pouco triste...
Viver o momento é presente, é a melhor tradução do que é  real...

Lá, coloco minha mais bela roupa a tua espera afrodite. Porque tu vestida para amar quer o entusiasmo dos mortais sem as artimanhas dos cultuadores da insana moral.

Nesta casa repleta de portas para entrar e nenhuma para sair
Vou contando o dia que vira proclamar que tudo não passou de indagações criadas pela simples capacidade de pensar...
Loucura; dirão a te encontrar declamando este poema bizarro!
Demente; chamaram os médicos que mentem diagnosticar o que eles também sentem!
Inspirador é o arquiteto construtor de casas cheias de devaneios e palavras...
Seu arrimo tem rimas?
Suas colunas são concretas?
Seu teto abissal, tão distante como saturno e tão intenso como o sistema neural...

Lá na casa do sonho, na casa do riso
Cidades e mais cidades são iluminadas por sua usina de vagalumes


Eu não nomeio aquele que está em todos, mas outros chamarão de louco, outros de poeta. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CÓLERA DOS POETAS

Pasmem!  Elevou o tom o homem que declamava:

-        Costumam acusar-nos de quimeras. Que vivemos num mundo irreal alimentado por versos elaborados por uma subjaz filosofia.

-        Afirmam que as relações humanas, essa monogâmica expulsa do paraíso foi vítima da conspiração do destino.E que nunca iremos compreender. Nunca...que o gênero foi criado pela sagrada necessidade de suprir seus instintos.E a mulher até hoje corre para alcançar o seu ritmo de igualdade.

-        Tudo que é vivo morre, menos a celestial alma humana.A arrogância  e vil superioridade na antiguidade colocou o homo sapiens no centro do universo por falta de esclarecimento, e pela mesma falta devemos continuar sem titubear diante da imensidão do universo.

-        Qualquer ser vivente por ser irracional é guiado pelo instinto, pela dialética natureza. Qualquer homem que por sua racionalidade - tende a ignorar e não distinguir...-, rejeita a dialética natureza e contradiz o que pensa.

Soslaios; as pessoas que transitam nas ruas do centro incorporam esse hábito, por mais curiosidade sinta, que um homem fale ao esmo ou que alguém por motivo desconhecido sofra um mal estar, mas se porventura este mesmo indivíduo venha a falecer.Todos o cobiçam... como fossem abutres na carniça.

-        Terra em transe! Vivemos um momento único; Dê-me sua mão...
Não me deixe morrer.



O MENINO E A RUA

       

                Olho para rua e vejo
                A criança que fui ontem.
                Estes meninos que brincam com gestos de preocupação
                No entanto, o ar inspirador de sonhos e fantasias
                Produz a eminente inocência.

                Olho para a rua e vejo
Que além das crianças e velhos sentados a beira das calçadas
                Somente o tráfego de pensamentos perdidos
                Vagam na insensatez desapercebida
                De um mundo velhaco
Que ignora o passado dos velhos que repousam a beira das calçadas...
               
                Olho para a rua e vejo
                Que aquela criança não brinca mais nestas ruas.
                Será que cresceu e fora atrás de seus sonhos
                Ou buscar respostas as suas preocupações?

Será que se desencantou com o mundo que acreditava existir?
                Para onde fora o menino desta rua!
                Dizem que partiu rumo ao sul.
                Dizem que não tem moradia fixa.
Dizem que ocupa seu tempo lendo histórias de lutas e rebeldia
                E que um dia ira reconstruir seu sonho perdido
E buscará aquele menino que costumava brincar nesta rua.


                     SONETO DO OLHAR

  

                           Quando era éter, poeira ou carvão

                           Vagando em meio, espaço e tempo

Nebulosas naves ao mar...
Giram estrela-mariposas.


Percebi, o macro se “fez” micro
Planeta azul, mar de reflexos...
És Narciso em espelho d’água
Perplexo, perdeu-se no ser.


Da via Láctea a via estética...
Homens criam arte, Narciso
És feio? Belo? Até se matar!


Da via Láctea a via estética...
Unindo e separando todos
Narcisos carentes de amar!



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

QUILOMBOS



O sabo enganador
Ou rei Obá
Em troca de adornos civilizados
Arrancavam homens de seus lares
Para terras desconhecidas
Onde os hospedantes apagavam
Com açoites seus costumes, crenças e vidas
Apenas para lucrar.


Um dia eles acordaram
Fazendo um novo império também
Com sacrifícios e lutas gloriosas
Mostrando serem capazes aquém.


Passaram-se dias, anos, décadas
Negros, Zumbi, Ganga Zumba gloriosos
Brancos em cortes avergonhados.
Até o rei pediu compaixão
Pois sua riqueza
Fugira de suas próprias mãos.


Mas Zumbi em apogeu
Não quis negociação
Pois com sabedoria
Previa que seu povo
Somente tinha valia com a escravidão.

Como tantos, um carrasco
Ofereceu-se para destruir o “reino dos macacos”
Fazendo-se após o trato
Adquirir a riqueza e seu sonho abstrato
Dele tanto desejado.


O paraíso acabou
O inferno recomeçara
Findando os sonhos tão amados
Em sangue e mortes.


O exército da injustiça vencera Palmares
Mas a liberdade “ganhada”
Que a história ofusca cedera.
Fez como todas pegadas, marcas...
Como herança
O preconceito sobrevive
Por quê? Não sabemos.
Talvez o tempo conscientize os homens
E um dia seremos iguais de verdade.


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Com o relógio à vista
Corre feito louco
Atropelando camelôs e bugingangas
Correm entre os carros, prédios, lotações, corre...
Pra pagar as contas, pra poder comer, vestir o filho, pra esquecer Maria que cobra todo dia um pouco de atenção para o seu tesão...
Sem perceber que sua vida parada como pedra no caminho a espera de algum tropeço o desperte.
Xingando ter culpa os pais dos filhos da puta do atraso de sua partida
Zé quer ter promoção ao chegar no trabalho onde o patrão de sentinela e com relógio a prazo te dará o troco.

Zés destes tempos
Não sente que já é tempo
Tempo de viver enquanto a vida escorre pelos dedos
Decodificando seu submundo.

Tempo senhor das Eras
Tempo senhor dos tempos
Homem escravo do tempo
Homem escravo do homem

Escravo
do

ESCRAVO.




EXÍLIO


                   Perceba nossa ausência
Diante da igualdade ditada por aqueles que se denominam vencedores.
                   Preconizando a tua corte, o teu controle.
                   “Acostuma-te à lama que te espera”
                   Habitua-se a viver nesta selva e ser também fera.

                   E se lhe causar constrangimento, alguma dor
                   Fecham-se portas
                   Calam tua boca e perpetua:            
                    Ser um soldado predestinado a servir,
Um operário qualquer acaso tiver emprego,
Caso tiver dinheiro para comprar um pedaço de pão ao filho que rouba ou pede.

                   E desta vez abriram-se as portas do medo,
                   Celas frias e cheias de desterro...
                   De homens com a máscara da exclusão
                   Tudo em defesa do direito-Estado-violação.

                   E se lhe causar constrangimento, alguma dor...
                   Fecham-se portas
                   Cala-te a boca e perpetua:
                            A Educação para que continues ignorante.
                                      A religião que conduz a fé conformadora
                                      O dinheiro que produz a força...

                   Se duvidas conte 150 milhões de vidas
                   Do poema de Maiakóvski.
Se dúvida enxergue os mesmos milhões de expatriados num país do hemisfério sul.
                  
Os números apenas sentenciam,
Os enumerados sofrem.




sexta-feira, 10 de outubro de 2014

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A DIALÉTICA DO COGUMELO




As portas da percepção
Como os lobos
Uivavam perante a lua.
Entre as miúças dos anseios e do estresse
Consubstanciado pelo conteúdo e  a  forma
Guarda-chuvas levantam horizontes
Na aurora poética das canções...
Blues...

As odes ecoavam de um azul...
Alimentando as labaredas dos fogos e das paixões
Narcisos enfeitiçados voavam como mariposas
Em meio às luzes de corpos celestes
De um luau.


E dos rastros da mente
Emergiam dos caminhos corcéis
Guiados por um grande índio tupi
E dos arvoredos surgiram uirapurus
Na aurora poética das canções...

Blues...
MENINA DOS OLHOS

Por onde ando
Você é meu guia
Plainando, atravesso multidões para te ver de perto
E quando deparo contigo
Cara a cara
Teu brilho é como água do mar...


Um dedo em riste
Reclama meu olhar
Por que as meninas sentem ciúmes de outras meninas?
Por serem tão belas quanto elas?
Soslaios querem te fazer acreditar
Que meus olhos são apenas teus!





sábado, 30 de agosto de 2014

ILHA DESERTA



Lançados no mar da vida
Procurando agarrar aquilo que não nos pertence
Conduzido pela corrente da incerteza
Sou Ulisses indo para casa
Desafiando os inventores de Poseidon.


Fiquei contente em avistar uma ilha
Depois percebi que ela também estava à espera de alguém
Deserto do meu oceano
Quem sou eu, quem é você ilha?


Talvez tenha exilado Bocage por dizer o que sentia e pensava
Quem sabe Papilon, fugindo na busca de liberdade
Até mesmo Napoleão, querendo retomar de assalto seu império
Quantos homens, quantas ilhas!


Queria a coragem de Espartacus
Encontrar em cada ilhota um escravo e levar ao continente uma avalanche de soldados.
Queria a coragem dos revolucionários de Serra Maestra
Destruir desertos e plantar sementes...
 [Não venha regar com areia o que você nunca tentou cultivar.Tenha a mesma determinação dos lavradores que semeiam a terra, porque o fruto provera].
Minha sede é a tua procura
Navio cruzando desertos...



domingo, 17 de agosto de 2014

ABISSAL

 

 

Mergulhando nas lentes de um olhar

Desvaneço abrindo as asas do coração
Degradê como as águas do mar
Cristalizar o que é só tristeza, e o que é só alegria?
Inútil distinguir qual a parte que me pertence.


Desarmado entro no ringue
Sou Cortázar abandonando os socos de boxe
Para agarrar uma caneta e lutar pelo amor e a vida.
Sentir o aflorar do sentido peculiar das universalidades
Dos seres e das coisas simples.


Mas nunca é tarde para descrever o que sinto agora
Uma imensa satisfação de sentar na varanda do mundo
E enxergar a ludibriante aventura humana de estar constantemente querendo...
Sair a deriva na alcoólica noite discutindo sem razão para entender o ideal alheio, ver as mulheres passando os homens que passam, xingar a política daqueles que jogam a bola das futilidades...
Mudando o discurso falarei como um mecenas insinuando que não se deve cuspir nos pratos, plantarei uma árvore mesmo que os meus negócios dependam dela, acordarei sempre às seis da manhã chamando-a de meu bem...


Uma imensa satisfação de sentar na varanda do mundo
Procurando saber qual à parte que me pertence
Cristalizar o que é só tristeza, e que é só alegria?
É a própria vida manifestando em tudo que se move
Como uma folha na dança do vento

Manifestai poesia.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

SOBRE TODAS AS COISAS



            Muitas coisas acontecendo
            E eu aqui lendo um jornal que é de ontem...
            “Um piloto rouba um Mig, gelo em Marte”, super-homens
            Dizia o velho ator, o poeta, o louco cantor:
            - Que o centro do mundo é simplesmente, a gente.        
           


            Muitas coisas acontecendo
            E eu aqui lendo o Pessoa
            A decifrar alguns mutantes na televisão
            Por onde você andou...
            Faz tempo que não te vejo.


            O dedo em vê, aquela utopia: O que é a arte e a magia?
Que não existe amor de barriga vazia, será o sexo uma androgenia?
E a loucura contida em nós, tem uma dose de rebeldia
Um gozo a meia-noite, um beijo de despedida,
Mas uma bala quebrando os sonhos de um trabalhador,
Que há muito... procura trabalho
Mas nada adiantou.

O dedo em vê, aquela utopia: O que é a arte e a magia?                   


segunda-feira, 14 de julho de 2014


 ABAIXO A  'GUERRA SANTA', O IMPERIALISMO JUDEU E O DESCASO A SOBERANIA PALESTINA. 




CRISTO ATEU



Em nome de deus justificam a guerra
A terra santa sangra a paz
Das fendas os elos brotam raízes
Milênios em seis dias se faz.


Com multidões veio um homem prometendo a Terra
Outro homem pedindo a paz.
“Uma terra sem povo para um povo sem terra”
Terra donde ninguém se entende mais.


E no muro de lamentos e orações...
Pedras intifadas picham soldados que fuzilam o perdão.

Kibutz não sejam campos
Que concentrem a divisão.
E que as fatwas não sejam facas
Cortando a expressão.

“Uma terra sem povo para um povo sem terra”

Eis a questão!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Lá na casa do sonho, na casa do riso
A vida ficcional determina quem é quem.

Lá na casa do sonho, na casa do riso
Ninguém é deveras feliz, tão pouco triste...
Viver o momento é presente, é a melhor tradução do que é  real...

Lá, coloco minha mais bela roupa a tua espera afrodite. Porque tu vestida para amar quer o entusiasmo dos mortais sem as artimanhas dos cultuadores da insana moral.

Nesta casa repleta de portas para entrar e nenhuma para sair
Vou contando o dia que vira proclamar que tudo não passou de indagações criadas pela simples capacidade de pensar...
Loucura; dirão a te encontrar declamando este poema bizarro!
Demente; chamaram os médicos que mentem diagnosticar o que eles também sentem!
Inspirador é o arquiteto construtor de casas cheias de devaneios e palavras...
Seu arrimo tem rimas?
Suas colunas são concretas?
Seu teto abissal, tão distante como saturno e tão intenso como o sistema neural...

Lá na casa do sonho, na casa do riso
Cidades e mais cidades são iluminadas por sua usina de vagalumes

Eu não nomeio aquele que está em todos, mas outros chamarão de louco, outros de poeta. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O QUE RESTA


A vida é assim mesmo...
Depois que pensamos que a monotonia tomou conta
Que o cotidiano dita como deves viver

No assalto roubam-te teu chão
Coração na boca e o que passa na cabeça deixa o corpo insano...

Agora que o inevitável aconteceu...
Vem aquele sentimento adolescente de ter medo e não ter coragem de dizer o não...
Ai a rotina como correnteza te arrasta para o dia-a-dia acordando-te do sonho
Fazendo do que é real um pesadelo
Da paixão uma tormenta
Da saudade um eterno abraço que te beija e passas noites contigo...

E o que te sobras...
A distância do meu e o teu silêncio
Prevalecido pelo medo do que poderia o teu Eu querer dizer...
Em contrapartida e retrucando insisto com o meu querer:
Melhor um pouco de você do que o nada a te perder...





quinta-feira, 19 de junho de 2014

GOVERNO PARALELO



Transeuntes
Meio-fio separa uma velha pedinte de correligionários
Da situação
Edificando conglomerados produtivos
Especulam
Na Bolsa dos quilos de cocaína
O morro.

Policiando
A justiça da cobra-cega
O tráfego
De influências...

Políticos
Avaliando o custo-benefício
Piramidal.

A bengala coligada
Guia
 A velha democracia

O peso da carcaça
Sucumbe a sapiência dos povos
Calcanhar-de-aquiles.

 

UNIVERSO PARALELO



Observando o céu de estrelas
Imensidão abstraída no pensamento
Como formigas saqueando torrões de açúcar
De um pão de sonho cosmogonista.

Zeus e seu olímpo de orixás zodiacais
No entender dos homens deus fez o mundo e vigia tudo
Para Zeus os homens são instrumentos das vontades divinas
Jogos de amor e ódio.

Mesmo que insista na pergunta
Mesmo que não aches a resposta:
O mundo é feito de poesia que faz e desfaz

Reticulando a imagem que vês

Vezes enganando o que senti.

O que queres que eu responda?
Que o mundo imundo que vivemos é um aquário de peixes com bocas  que gesticulam sempre o sim;
Que o mundo imundo que vivemos é um teatro de fantoches com sua história já descrita e narrada;
Que o mundo imundo que vivemos é a poeira de um tempo que leva tempestades mas também carrega sóis e chuvas...
Que o mar que habita meu sertão é maior que todos os sertões...
E o que mais desejo é estar numa roda de amigos cantando, bebendo os prazeres da vida, antes que o tempo se esvai...
Antes que meus olhos cansem de olhar quantas estrelas

quinta-feira, 5 de junho de 2014

ENCONTROS E DESPEDIDAS


Aqui me despeço
Juntando migalhas do que poderia ou não ser feito
E assim guiando o destino como rota de contramão
Vou cumprimentar rostos acenando a boa viagem...

Encontrarei sonhos desfeitos
Mares de arrependimento
Mas levando comigo a chama dos viventes...

Novas paragens
Encontraremos aqueles que amam como nos
Em cada luz no olhar uma fagulha de um incêndio
E no horizonte a miragem de que tudo pode mudar...

E se retroceder aquele instante de despedida
Desfazendo todas tristezas e saudades que causaria
Transforme o adeus em reencontro
As lágrimas em alegria de beijos e abraços colossais.


sábado, 24 de maio de 2014


Com o relógio à vista
Corre feito louco
Atropelando camelôs e bugingangas
Correm entre os carros, prédios, lotações, corre...
Pra pagar as contas, pra poder comer, vestir o filho, pra esquecer Maria que cobra todo dia um pouco de atenção para o seu tesão...
Sem perceber que sua vida parada como pedra no caminho a espera de algum tropeço o desperte.
Xingando ter culpa os pais dos filhos da puta do atraso de sua partida
Zé quer ter promoção ao chegar no trabalho onde o patrão de sentinela e com relógio a prazo te dará o troco.

Zés destes tempos
Não sente que já é tempo
Tempo de viver enquanto a vida escorre pelos dedos
Decodificando seu submundo.

Tempo senhor das Eras
Tempo senhor dos tempos
Homem escravo do tempo
Homem escravo do homem

Escravo
do

ESCRAVO.



sábado, 17 de maio de 2014

Abaixo as Leis Antiterrorismo da Copa da FIFA e quaisquer formas de impedir a liberdade de expressão...



VIDAS PLANTADAS



Ao cultivar a terra em desespero
Mãos calejadas
A procura do destino
Traçam vidas obscuras, amorfas, sem cores...


Enquanto elles
Que alçam miras
Cabeças e idéias pungentes
Manobram leis obscenas
Em trajetórias ofuscas

Arrastando os inocentes para o abismo.

domingo, 4 de maio de 2014

Com todo respeito a história, a cultura e a soberania da população ucraniana.

" A VERDADE É REVOLUCIONÁRIA "



                              A PENÚLTIMA REVOLUÇÃO



Quando ouço certas canções
Pedaços de sentimentos...
Temores, desejos, lutas e glorias!
Não cabe em meu pensamento
Não cabe em meu sentimento
Não cabe essa incessante vontade de prosseguir...
Não cabe aceitar a efemeridade dos extremos da riqueza e pobreza
Não cabe...


Vamos!
Peguemos as armas...
Vamos!
Lutemos até a morte da alienação.
“Quem anda com luz própria, nada pode apagar...”


Não temos mais nada a perder
Ou nosso propósito alimentara as nossas vidas
Ou a predestinação do sistema guiara todos ao caos.
Não a justiça para quem está morto.

Vamos!
Peguemos as armas...
Vamos!
Lutemos até a morte da alienação.
“Quem anda com luz própria, nada pode apagar...”

Nossos filhos agora terão o que fazer...
Façamos o movimento
Façamos a Revolução
Que a Consciência fará o resto...


sexta-feira, 2 de maio de 2014

ESPASMO



Apaixonei-me por tudo que representas
Quando fui dormi você estava lá a minha espera
Num incandescente sonho despida
Teu belo corpo sem pudor lançado sobre o meu...
  
Projeto o teu corpo no confidente desejo
Explorando a carícia da alheia amante...
Estará o desejo realizado na volúpia desse sonho quando estou adormecido?
Estarei apenas vislumbrando aquilo que jamais terei
A enganar com fantasias meu desejo no corpo de alguém?

Indago sobre a própria interrogativa:
Mesmo que algo impeças de te-la
Meu desejo faz-se no sonho de um inusitado encontro...
Projetando o teu corpo em outro corpo.


Que explora a carícia da alheia amante...
CARTA PARA QUEM ESTÁ PERTO


  
Quero te roubar um beijo
Toda manhã te fazer sorrir...
Seus olhos me verem ao abrir.


A noite cansar-te de tantos carinhos
Até nesses desejos rabiscados em versos
Uma pseudo carta  para que está perto
Feita de frases curtas de quem se senti longe...
Feita para romper com a esperança os obstáculos que a vida como aranha tece...
Feita pra te dizer que muitas ou poucas palavras não se vinculam unicamente ao mundo dos significados.


O drama de minhas palavras é não saber que rumo meu amor dará
Ao que está perto fugira de desgosto ou que está longe se sentira perto?
Minhas palavras não querem interrogar nossos sentimentos
Elas tentam expressar onde mora meu e o teu coração...


ILHA DESERTA



Lançados no mar da vida
Procurando agarrar aquilo que não nos pertence
Conduzido pela corrente da incerteza
Sou Ulisses indo para casa
Desafiando os inventores de Poseidon.


Fiquei contente em avistar uma ilha
Depois percebi que ela também estava à espera de alguém
Deserto do meu oceano
Quem sou eu, quem é você ilha?


Talvez tenha exilado Bocage por dizer o que sentia e pensava
Quem sabe Papilon, fugindo na busca de liberdade
Até mesmo Napoleão, querendo retomar de assalto seu império
Quantos homens, quantas ilhas!


Queria a coragem de Espartacus
Encontrar em cada ilhota um escravo e levar ao continente uma avalanche de soldados.
Queria a coragem dos revolucionários de Serra Maestra
Destruir desertos e plantar sementes...
 [Não venha regar com areia o que você nunca tentou cultivar.Tenha a mesma determinação dos lavradores que semeiam a terra, porque o fruto provera].
Minha sede é a tua procura
Navio cruzando desertos...