sábado, 27 de junho de 2020


UTOPIA




Quando morri para você
Fiquei vagante no seu pretenso esquecimento
Mas logo eu?
Que questiono esse além vida
Paradoxo das escolhas
Que o  mal faz conosco nesse limbo.

Esse espírito de se dar sem ter
Acaba quando a vaidosa lógica
Não aceita a metafisica da paixão
E o que nos resta são dividendos..

Quando morri para você
Fiquei vagante no seu pretenso esquecimento
Mas logo eu?
Que questiono esse além vida
Paradoxo das escolhas
Que o bem faz conosco nesse Olimpo.


SAUDAÇÕES AQUÉM NÃO DESISTE...









Surta a saudade

E eu celebro tudo que possa de bom obteres...



Fizemos muito do pouco que temos

Fizemos pouco de tantos sonhos que achas pequeno dessa altivez...



Que inflama só em lembrar a chama que não tem pavio... 

UNIVERSO PARALELO



Observando o céu de estrelas
Imensidão abstraída no pensamento
Como formigas saqueando torrões de açúcar
De um pão de sonho cosmogonista.

Zeus e seu olímpo de orixás zodiacais
No entender dos homens deus fez o mundo e vigia tudo
Para Zeus os homens são instrumentos das vontades divinas
Jogos de amor e ódio.

Mesmo que insista na pergunta
Mesmo que não aches a resposta:
O mundo é feito de poesia que faz e desfaz...
Reticulando a imagem que vês
Vezes enganando o que senti.
O que queres que eu responda?
Que o mundo imundo que vivemos é um aquário de peixes com bocas  que gesticulam sempre o sim;
Que o mundo imundo que vivemos é um teatro de fantoches com sua história já descrita e narrada;
Que o mundo imundo que vivemos é a poeira de um tempo que leva tempestades mas também carrega sóis e chuvas...
Que o mar que habita meu sertão é maior que todos os sertões...
E o que mais desejo é estar numa roda de amigos cantando, bebendo os prazeres da vida, antes que o tempo se esvai...
Antes que meus olhos cansem de olhar quantas estrelas
Que habitam tantos pensamentos e encham meu universo apraz!

terça-feira, 23 de junho de 2020

Lá na casa do sonho, na casa do riso
A vida ficcional determina quem é quem.

Lá na casa do sonho, na casa do riso
Ninguém é deveras feliz, tão pouco triste...
Viver o momento é presente, é a melhor tradução do que é  real...

Lá, coloco minha mais bela roupa a tua espera afrodite. Porque tu vestida para amar quer o entusiasmo dos mortais sem as artimanhas dos cultuadores da insana moral.

Nesta casa repleta de portas para entrar e nenhuma para sair
Vou contando o dia que vira proclamar que tudo não passou de indagações criadas pela simples capacidade de pensar...
Loucura; dirão a te encontrar declamando este poema bizarro!
Demente; chamaram os médicos que mentem diagnosticar o que eles também sentem!
Inspirador é o arquiteto construtor de casas cheias de devaneios e palavras...
Seu arrimo tem rimas?
Suas colunas são concretas?
Seu teto abissal, tão distante como saturno e tão intenso como o sistema neural...

Lá na casa do sonho, na casa do riso
Cidades e mais cidades são iluminadas por sua usina de vagalumes


Eu não nomeio aquele que está em todos, mas outros chamarão de louco, outros de poeta. 
KATHARSIS*




Garimpando palavras para falar deste momento.



Catarse liberadora

Despertem os homens das correntes da ignorância.

Muito há que se fazer...A dúvida é por onde começar!

Vamos primeiro tratar dos sentimentos, do amor tão esquecido nas violadas relações humanas.Queres fazer revolução, comece por si mesmo!



 Não critique o trabalho alheio utilizando-se da preguiça; Não defenda a autonomia entoando autoritarismo; e quando falar sobre “sui generis” não utilize a moral ou não fale... seja laico; sobre as riquezas concentrasse  na igualdade e compartilhe essa consciência.

Mas se recusam tal partilha...Faça para ti a revolução de todos:

Eliminemos a usura e o culto ao consumo famigerado; censure a banalização da cultura e da arte proletária; defenda o progresso que respeite as ações compatibilizadoras da ciência, homem e meio-ambiente.

   

Liberte os homens das correntes da ignorância.

A educação é a fortaleza

E a consciência seu ultimato. 







*Catarse é a metáfora usada por Aristóteles ( “poética”) para combater a condenação de Platão  à arte, especialmente à tragédia, por estimular paixões mórbidas que serviriam mal à humanidade. Na tragédia grega, o herói julga sua consciência culpada, com freqüência devido ao assassinato de um parente. Através da piedade pelo herói, argumenta Aristóteles, o espectador libera-se de seus conflitos psicológicos, de culpas, devido à “autorização” para se emocionar que a ação concreta contida na tragédia concede. E, com isso, revivendo e revisando suas próprias experiências penosas, atinge o espectador um estado de harmonia psicológica e de lucidez realista. Na tradição popular, a cartase liberadora, a purgação de erros pretéritos é alcançada com a revisitação do passado. Trecho do texto de Rogério Cezar de C. Leite/Folha S.P