Tu,
palavra desmedida inventada pelo meu povo.
Explicação
do que sinto
É
distrair-se desse sentimento que corta como navalha a carne.
Esta
calma estranha
Como
a espera de um furacão
A
ponte que liga a paixão a um amor anônimo,
A
ponte criada para unir o que está separado.
No
trote tu me sacode
Mas
antes ludibria com galope compassado
Pisando
no gramado da pele que acariciava com o coito.
Como
vício me flagela fazendo querer mais este ódio que assola
Depois
fissura minhas portas e janelas escancaradas pelo desejo.
Saudações
de um anfitrião pedindo esmola
Morrendo
de fome provocada pela ausência de tua presença.
Kamikaze,
irei ao teu encontro
Querendo
matar, querendo morrer
Se
tu esquecer algum dia de me visitar,
SAUDADE.