quarta-feira, 26 de junho de 2013

TUDO QUE POSSO TER...


A vida é assim mesmo...
Depois que pensamos que a monotonia tomou conta
Que o cotidiano dita como deves viver...

No assalto roubam-te teu chão
Coração na boca e o que passa na cabeça deixa o corpo insano...

Agora que o inevitável aconteceu...
Vem aquele sentimento adolescente de ter medo e não ter coragem de dizer o não...
Aí, a rotina como correnteza te arrasta para o dia-a-dia acordando-te do sonho
Fazendo do que é real um pesadelo
Da paixão uma tormenta
Da saudade um eterno abraço que te beija e passas noites contigo...

E o que te sobras...
A distância do meu e o teu silêncio
Prevalecido pelo medo do que poderia o teu Eu querer dizer...
Em contrapartida e retrucando insisto com o meu querer:
Melhor um pouco de você do que o nada a te perder...


terça-feira, 25 de junho de 2013

FILHOS DA PÁTRIA


Discursos inflamados
Te cobram obediência
As hienas não param de dilacerar o corpo social querendo cada vez mais...


Te pedem paciência
Dizendo que deve ser filho da pátria...


Os filhos da puta


Fazem silogismo clamando pacifismo no “ceu-inferno”.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

"O PATRIOTISMO É O ÚLTIMO REFÚGIO DE UM CANALHA" Samuel Johnson

[ABAIXO A IMPUNIDADE, A CORRUPÇÃO E OS CRIMES DO COLARINHO BRANCO QUE A INSTITUIÇÕES JURÍDICAS AJUDAM A SE PERPETUAREM ]


A PENÚLTIMA REVOLUÇÃO

  
Quando ouço certas canções
Pedaços de sentimentos...
Temores, desejos, lutas e glorias!
Não cabe em meu pensamento
Não cabe em meu sentimento
Não cabe essa incessante vontade de prosseguir...
Não cabe aceitar a efemeridade dos extremos da riqueza e pobreza
Não cabe...


Vamos!
Peguemos as armas...
Vamos!
Lutemos até a morte da alienação.
“Quem anda com luz própria, nada pode apagar...”


Não temos mais nada a perder
Ou nosso propósito alimentara as nossas vidas
Ou a predestinação do sistema guiara todos ao caos.
Não a justiça para quem está morto.

Vamos!
Peguemos as armas...
Vamos!
Lutemos até a morte da alienação.
“Quem anda com luz própria, nada pode apagar...”

Nossos filhos agora terão o que fazer...
Façamos o movimento
Façamos a Revolução
Que a Consciência fará o resto...
http://youtu.be/du7fBxOQB_0


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Abaixo a repressão, a falsa democracia e liberdade de expressão, abaixo a falsa estabilidade social e econômica brasileira, o arrocho salarial e o pão e circo da Copa do Mundo...

                                    EXÍLIO
  
             Perceba nossa ausência
Diante da igualdade ditada por aqueles que se denominam vencedores.
             Preconizando a tua corte, o teu controle.
             “Acostuma-te à lama que te espera”
             Habitua-se a viver nesta selva e ser também fera.

             E se lhe causar constrangimento, alguma dor
             Fecham-se portas
             Calam tua boca e perpetua:       
              Ser um soldado predestinado a servir,
Um operário qualquer acaso tiver emprego,
Caso tiver dinheiro para comprar um pedaço de pão ao filho que rouba ou pede.

             E desta vez abriram-se as portas do medo,
             Celas frias e cheias de desterro...
             De homens com a máscara da exclusão
             Tudo em defesa do direito-Estado-violação.

             E se lhe causar constrangimento, alguma dor...
             Fecham-se portas
             Cala-te a boca e perpetua:
                   A Educação para que continues ignorante.
                          A religião que conduz a fé conformadora
                           O dinheiro que produz a força...

             Se duvidas conte 150 milhões de vidas
             Do poema de Maiakóvski.
Se dúvida enxergue os mesmos milhões de expatriados num país do hemisfério sul.
            
Os números apenas sentenciam,
Os enumerados sofrem.


                                             
CARTA PARA QUEM ESTÁ PERTO

  


Quero te roubar um beijo
Toda manhã te fazer sorrir...
Seus olhos me verem ao abrir.


A noite cansar-te de tantos carinhos
Até nesses desejos rabiscados em versos
Uma pseudo carta  para que está perto
Feita de frases curtas de quem se senti longe...
Feita para romper com a esperança os obstáculos que a vida como aranha tece...
Feita pra te dizer que muitas ou poucas palavras não se vinculam unicamente ao mundo dos significados.


O drama de minhas palavras é não saber que rumo meu amor dará
Ao que está perto fugira de desgosto ou que está longe se sentira perto?
Minhas palavras não querem interrogar nossos sentimentos
Elas tentam expressar onde mora meu e o teu coração...      

                                      ABISSAL

 .

 Mergulhando nas lentes de um olhar
Desvaneço abrindo as asas do coração
Degradê como as águas do mar
Cristalizar o que é só tristeza, e o que é só alegria?
Inútil distinguir qual a parte que me pertence.

 .
Desarmado entro no ringue
Sou Cortázar abandonando os socos de boxe
Para agarrar uma caneta e lutar pelo amor e a vida.
Sentir o aflorar do sentido peculiar das universalidades
Dos seres e das coisas simples.

Mas nunca é tarde para descrever o que sinto agora
Uma imensa satisfação de sentar na varanda do mundo
E enxergar a ludibriante aventura humana de estar constantemente querendo...
Sair a deriva na alcoólica noite discutindo sem razão para entender o ideal alheio, ver as mulheres passando os homens que passam, xingar a política daqueles que jogam a bola das futilidades...
Mudando o discurso falarei como um mecenas insinuando que não se deve cuspir nos pratos, plantarei uma árvore mesmo que os meus negócios dependam dela, acordarei sempre às seis da manhã chamando-a de meu bem...
 .

Uma imensa satisfação de sentar na varanda do mundo
Procurando saber qual à parte que me pertence
Cristalizar o que é só tristeza, e que é só alegria?
É a própria vida manifestando em tudo que se move
Como uma folha na dança do vento
Manifestai poesia.



sexta-feira, 14 de junho de 2013

Corre feito louco
Atropelando camelôs e bugingangas
Correm entre os carros, prédios, lotações, corre...
Pra pagar as contas, pra poder comer, vestir o filho, pra esquecer Maria que cobra todo dia um pouco de atenção para o seu tesão...
Sem perceber que sua vida parada como pedra no caminho a espera de algum tropeço o desperte.
Xingando ter culpa os pais dos filhos da puta do atraso de sua partida
Zé quer ter promoção ao chegar no trabalho onde o patrão de sentinela e com relógio a prazo te dará o troco.

Zés destes tempos
Não sente que já é tempo
Tempo de viver enquanto a vida escorre pelos dedos
Decodificando seu submundo.

Tempo senhor das Eras
Tempo senhor dos tempos
Homem escravo do tempo
Homem escravo do homem

Escravo
do

ESCRAVO.


quarta-feira, 12 de junho de 2013

                                            VIOLÕES


O tom de carícias esvai na sucessiva cadência
Do querer violar.

Teu corpo encostado em meu peito
Mãos rítmicas
 E das suas entranhas as mais belas vibrações...
Melodias, dissonâncias, cantigas para amar.

Quero ser um Luthier
No pretensioso “design” de suas paixões
Um lunático enfeitiçando o ambiente
Fazendo a corte como os bichos
No entardecer descrito naquela canção que fiz para nós dois.

Ah que saudade, ah que esperança, euforia, tu me trazes.

Em cada casa guardas um segredo
Cada batida um coração
  Escalando, escalando, escalando...

A nobreza do teu corpo
Na mata virgem de outrora
Paraíso dos jacarandás
Ressoa...

Quero ser um Luthier
No pretensioso “design” de suas paixões
Um lunático enfeitiçando o ambiente
Fazendo a corte como os bichos

No entardecer descrito naquela canção que fiz para nós dois...

quarta-feira, 5 de junho de 2013

"É TRISTE SABER QUE A NATUREZA FALA E O HOMEM NÃO ESCUTA"    Victor Hugo



ESTAÇÕES


  
        Esta chuva caindo. Caindo
                                               Trás lembranças daqueles dias...
                                               Que o sol brilhava
                                               E o calor deixava-nos aquecido.



                                               Sei que os tempos mudam
                                               Com ele, conseqüentemente nós.
                                               Mas a natureza tem seus estágios
                                               Nem por isso se desfaz.



        Tempestades talvez apontem,
                                               Animais famintos de amor e paz.



        Mas eu quero o amanhã,
                                               De portas abertas
                                               Que as vidas sejam vivas
                                               E a natureza nos conduza
                                               A dimensões suaves e doces.

MENINA DOS OLHOS

Por onde ando
Você é meu guia
Plainando, atravesso multidões para te ver de perto
E quando deparo contigo
Cara a cara
Teu brilho é como água do mar...


Um dedo em riste
Reclama meu olhar
Por que as meninas sentem ciúmes de outras meninas?
Por serem tão belas quanto elas?

Soslaios querem te fazer acreditar
Que meus olhos são apenas teus!