sábado, 30 de julho de 2011

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O MENINO E A RUA

Olho para rua e vejo

A criança que fui ontem.

Estes meninos que brincam com gestos de preocupação

No entanto, o ar inspirador de sonhos e fantasias

Produz a eminente inocência.


Olho para a rua e vejo

Que além das crianças e velhos sentados a beira das calçadas

Somente o tráfego de pensamentos perdidos

Vagam na insensatez desapercebida

De um mundo velhaco

Que ignora o passado dos velhos que repousam a beira das calçadas...


Olho para a rua e vejo

Que aquela criança não brinca mais nestas ruas.

Será que cresceu e fora atrás de seus sonhos

Ou buscar respostas as suas preocupações?

Será que se desencantou com o mundo que acreditava existir?


Para onde fora o menino desta rua?

Dizem que partiu rumo ao sul!

Dizem que não tem moradia fixa!

Dizem que ocupa seu tempo lendo histórias de lutas e rebeldia

E que um dia ira reconstruir seu sonho perdido

E buscará aquele menino que costumava brincar nesta rua.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Tu, palavra desmedida inventada pelo meu povo.


Explicação do que sinto

É distrair-se desse sentimento que corta como navalha a carne.


Esta calma estranha

Como a espera de um furacão

A ponte que liga a paixão a um amor anônimo,

A ponte criada para unir o que está separado.


No trote tu me sacode

Mas antes ludibria com galope compassado

Pisando no gramado da pele que acariciava com o coito.

Como vício me flagela fazendo querer mais este ódio que assola

Depois fissura minhas portas e janelas escancaradas pelo desejo.


Saudações de um anfitrião pedindo esmola

Morrendo de fome provocada pela ausência de tua presença.

Kamikaze, irei ao teu encontro

Querendo matar, querendo morrer

Se tu esquecer algum dia de me visitar,

SAUDADE.