Lá na casa do sonho,
na casa do riso
A vida ficcional
determina quem é quem.
Lá na casa do sonho,
na casa do riso
Ninguém é deveras
feliz, tão pouco triste...
Viver o momento é
presente, é a melhor tradução do que é real...
Lá, coloco minha mais
bela roupa a tua espera afrodite. Porque tu vestida para amar quer o entusiasmo
dos mortais sem as artimanhas dos cultuadores da insana moral.
Nesta casa repleta de
portas para entrar e nenhuma para sair
Vou contando o dia que
vira proclamar que tudo não passou de indagações criadas pela simples
capacidade de pensar...
Loucura; dirão a te
encontrar declamando este poema bizarro!
Demente; chamaram os
médicos que mentem diagnosticar o que eles também sentem!
Inspirador é o
arquiteto construtor de casas cheias de devaneios e palavras...
Seu arrimo tem rimas?
Suas colunas são
concretas?
Seu teto abissal, tão
distante como saturno e tão intenso como o sistema neural...
Lá na casa do sonho,
na casa do riso
Cidades e mais cidades
são iluminadas por sua usina de vagalumes
Eu não nomeio aquele
que está em todos, mas outros chamarão de louco, outros de poeta.