DO
DIÁRIO DE CHE
Vejo agora, com
clareza, o capitão bêbado
Bigodudo patrão
da embarcação vizinha
Com gestos
enriquecidos pelo vinho ruim.
Despedida entusiasmada dos marinheiros
Devotos de
Baco.
Conhecemos
também outros
Que defendem a
sã coletividade humana
E desprezam o parasitismo que via no vagar
da maioria das pessoas.
As medidas de repressão não superam os
protestos contra a fome inveterada.
E como eles mesmos chamam o “verme
comunista”
Nada mais era que um natural desejo de algo
melhor.
Veremos se algum dia, algum mineiro pegar
uma picareta com prazer e vá envenenar seus pulmões com alegria consciente.
Dizem que lá, de onde vem a chama rubra que
deslumbra hoje o mundo, é assim.
É o que dizem. Eu não sei.
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