quarta-feira, 29 de julho de 2015

MOSAICO


Reflexos estilhaçam o passado secular
Turvos arco-íris lançados de canhões de luz


Num piscar de olhos volto
Reflexão espasma dá conta que ainda não vi a minha grande barba no meu rosto nu.


Choro de criança
Louca aventura de soldados de chumbo marchando para labaredas
Idéias e paixões...


Carros sem asas zunem na avenida do quinto andar
Mulheres na espreita matam querendo amar
Enquanto nascem rebentos de caixões de gelo
Manchetes anunciam: Eram os deuses crionautas!


No bar do Olimpo
Homens uivando vagueiam
Afirmando que o cavaleiro épico não existe mais...
Levantando as taças brindam...
Superamos a morte! Superamos a Morte! Superamos a morte!
Uma voz descompassada grita:
Venceremos na Vida! Venceremos na Vida! Venceremos na Vida!
Como um banho de água fria a lucidez descompactua
E todos desconversam voltando aos seus antigos lugares...




Nenhum comentário:

Postar um comentário