MOSAICO
Reflexos estilhaçam o passado secular
Turvos arco-íris lançados de canhões de
luz
Num piscar de olhos volto
Reflexão espasma dá conta que ainda não
vi a minha grande barba no meu rosto nu.
Choro de criança
Louca aventura de soldados de chumbo
marchando para labaredas
Idéias e paixões...
Carros sem asas zunem na avenida do
quinto andar
Mulheres na espreita matam querendo amar
Enquanto nascem rebentos de caixões de
gelo
Manchetes anunciam: Eram os deuses
crionautas!
No bar do Olimpo
Homens uivando vagueiam
Afirmando que o cavaleiro épico não
existe mais...
Levantando as taças brindam...
Superamos a morte! Superamos a Morte!
Superamos a morte!
Uma voz descompassada grita:
Venceremos na Vida! Venceremos na Vida!
Venceremos na Vida!
Como um banho de água fria a lucidez
descompactua
E todos desconversam voltando aos seus
antigos lugares...
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