QUE TRISTE PENSAR QUE A NATUREZA FALA E QUE O GÊNERO HUMANO NÃO OUVE ".
VICTOR HUGO
TRÊS TEMPOS
Na natureza tudo é vida, movimento, tudo provera!
Quando
algum ser emerge, o universo conspirou para sua criação...
E a aparente mãe jamais
saberia que peculiaridade teria teu rebento.
Pronto! Pensei na vida e como
qualquer dito especialista encontrei a resposta vazia que explicaria o mundo e
seu tempo.
Fábulas, geradas pelo
encéfalo que procura deus sem querer aceitar a morte.
Vida, passado de um futuro
que definha...
Morte,
futuro do presente que nasce constantemente.
Natureza, a suma excelência –
amálgama:
·
Que pode ser
gente, como um lavrador que ara a terra depois da queimada, semeando sua
vontade adversa à chuva e o sol. Colhendo fartura ou miséria para recomeçar na
próxima temporada a mesma jornada;
·
Que pode ser
pássaro, que nasce, vive e morre para avoar em meio a ventos que levitam
insetos gosmentos alimentados por outros seres sedentos;
·
Que podem ser
vermes que habitam os submundos de fungos ou das fossas carnais de bichos da
terra e do mar;
·
Que pode ser tudo
menos isso que descrevo como prosa de um simplório entendimento sobre os seres
e as coisas.
Eu, uma mônada a procura dos
elementos que nos compõem...
Vasculhando nas entrelinhas
da razão e do sentimento poético a natureza humana composta por um tempo que
perdesse em si mesmo.
Quero viver pensando desta
maneira mesmo que obtenha apenas coisas soltas e sem nenhuma possibilidade de
solidez, pois tudo que é sólido esvai-se também.
Quero lutar para não morrer
sem o cansaço que nossas esperanças e paixões fazem a vida jorrar.
Quero ser a cura de minha
própria doença, mas se não for que seja a doença que leva a morte à outra
maneira de estar vivo na compreensão dos outros que tentam ler esses versos e a
vida.
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