KATHARSIS*
Garimpando
palavras para falar deste momento.
Catarse
liberadora
Despertem os homens
das correntes da ignorância.
Muito há que
se fazer...A dúvida é por onde começar!
Vamos primeiro
tratar dos sentimentos, do amor tão esquecido nas violadas relações
humanas.Queres fazer revolução, comece por si mesmo!
Não critique o trabalho alheio utilizando-se
da preguiça; Não defenda a autonomia entoando autoritarismo; e quando falar
sobre “sui generis” não utilize a moral ou não fale... seja laico; sobre as
riquezas concentrasse na igualdade e
compartilhe essa consciência.
Mas se recusam
tal partilha...Faça para ti a revolução de todos:
Eliminemos a usura
e o culto ao consumo famigerado; censure a banalização da cultura e da arte
proletária; defenda o progresso que respeite as ações compatibilizadoras da
ciência, homem e meio-ambiente.
Liberte os
homens das correntes da ignorância.
A educação é a
fortaleza
E a
consciência seu ultimato.
*Catarse
é a metáfora usada por Aristóteles ( “poética”) para combater a condenação de
Platão à arte, especialmente à tragédia,
por estimular paixões mórbidas que serviriam mal à humanidade. Na tragédia
grega, o herói julga sua consciência culpada, com freqüência devido ao
assassinato de um parente. Através da piedade pelo herói, argumenta
Aristóteles, o espectador libera-se de seus conflitos psicológicos, de culpas,
devido à “autorização” para se emocionar que a ação concreta contida na tragédia
concede. E, com isso, revivendo e revisando suas próprias experiências penosas,
atinge o espectador um estado de harmonia psicológica e de lucidez realista. Na
tradição popular, a cartase liberadora, a purgação de erros pretéritos é
alcançada com a revisitação do passado. Trecho do texto de Rogério Cezar de C.
Leite/Folha S.P
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